A pandemia da Covid-19 e a aprendizagem à distância no Colégio Catarinense

A disseminação do coronavírus trouxe inúmeros desafios para todo o mundo. Para conter o avanço da doença que ele causa, a Covid-19, foram tomadas medidas de contenção, como o isolamento, o distanciamento e a quarentena. Não se sabe, ainda, quando essas medidas restritivas da aproximação social deixarão de ser necessárias, tampouco são conhecidos os impactos advindos de todo esse novo contexto sobre a vida das pessoas e a economia dos países.

Esses ajustes impactam seriamente a vida de todos, nos mais diversos setores, inclusive na educação, desde o nível básico até o ensino superior, como o fechamento das escolas e a suspensão das aulas presenciais. Em todo o mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), nove em cada 10 estudantes estão realizando estudos na modalidade à distância, em ambientes diferentes das salas de aula tradicionais. No Brasil, o Ministério da Educação (MEC) informa que esse número superou a marca dos 50 milhões de estudantes e docentes.

Nos países mais afetados pela pandemia, muitas escolas ainda continuam fechadas, pois não há consenso acerca do tempo necessário para o controle da doença. Além disso, a aglomeração de crianças e jovens é totalmente desaconselhada pelos órgãos mundiais de saúde. Assim, diante das incertezas e para garantir a continuidade do ano letivo, o Governo Federal editou uma Medida Provisória desobrigando as escolas a cumprirem os 200 dias letivos anteriormente determinados, mas mantendo a obrigatoriedade das 800 horas letivas para a educação básica.

A iniciativa do Governo também incentiva o uso dos meios digitais como alternativa viável – e até como único meio eficiente – para minimizar as dificuldades oriundas da suspensão das atividades presenciais nestes tempos tão inesperados. O Colégio Catarinense tem trabalhado arduamente, desde o dia 18 de março, para oferecer aos estudantes e às suas famílias todo o suporte necessário ao bom andamento do processo educativo. A despeito de todas as dificuldades impostas pelo coronavírus, é importante destacar que, para as escolas presenciais, como é o caso do Colégio Catarinense, a organização de atividades on-line e a qualificação dos professores nas ferramentas digitais em um período de tempo tão reduzido mostraram-se ainda mais desafiadoras. Entendemos que trabalho remoto não tem por objetivo substituir as aulas presenciais, mas impedir que a interação entre aluno e escola seja abalada. O trabalho tem por objetivo a preservação do padrão de qualidade da proposta educativa do Catarinense e que está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e prima pela manutenção de uma rotina básica de atividades escolares, evitando o retrocesso de perda do conhecimento e das aprendizagem e habilidades adquiridas.

A Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) divulgou, no começo de abril, o documento intitulado “Desafios para a Educação em Tempos de Pandemia” no qual foram traçados alguns cenários e oferecidas orientações para este momento de incertezas. Entre as diretrizes apontadas no texto original, destaca-se o aproveitamento em ampla escala das “ferramentas de tecnologia educacional, como por exemplo as plataformas e ambientes virtuais de ensino, para garantir os processos pedagógicos de aprendizagem”. O documento também sinaliza que os sistemas de ensino já estão produzindo vídeoaulas, transmissões ao vivo, exercícios on-line, entre outros mecanismos, em um movimento constante de esforço para manter os estudantes em um ritmo de estudo, apesar de estarem distantes do espaço físico da escola.

Os movimentos organizados pelo Colégio Catarinense no sentido de oferecer aulas à distância, em realidades assíncronas e síncronas, são uma realidade na qual as atividades on-line, disponibilizadas em plataformas como o Teams, gradualmente se estendem por todos os segmentos do ensino básico, iniciando-se pelos anos finais do Ensino Fundamental e pelo Ensino Médio, até atingirem também a Educação Infantil e os anos iniciais do Ensino Fundamental. As atividades são disponibilizadas em formato diferenciado para cada faixa etária, de acordo com as necessidades dos diferentes segmentos de ensino.

Nesse cenário, o Serviço de Orientação Educacional (SOE) complementa e contribui com os esforços da equipe acadêmica, dando suporte aos alunos e às famílias em todas as necessidades de acesso às informações da escola, além do passo a passo necessário ao ingresso nas plataformas remotas de aprendizagem utilizadas, como o Moodle e a ferramenta Teams. O SOE também atua durante as aulas remotas, fazendo-se presente por meio do trabalho das orientadoras, que acompanham os alunos e professores no processo de aprendizagem desenvolvido nas salas virtuais, dando-lhes a assistência necessária e auxiliando-os na compreensão dos tutoriais.

Os professores têm realizado diversas atividades remotas, desde reuniões e treinamentos semanais até a produção de material didático para uso on-line, além do acompanhamento dos alunos em fóruns e chats. A Diretora Acadêmica, Louisa Carla Farina Schröter, destaca que “ em meio a tudo isso, eles vêm desenvolvendo habilidades que eram desconhecidas por eles mesmos antes disso tudo começar. A edição e a produção de videoaulas são, por exemplo, aptidões que estão sendo dia a dia aperfeiçoadas”.

É inegável a atuação dos professores do Colégio Catarinense no atual contexto, pois eles têm sido incansáveis na busca pelas melhores maneiras de atender aos alunos, das mais variadas formas. Desde o primeiro dia do distanciamento social, o Colégio tem ofertado diversas opções de contato aos estudantes e às famílias, além da constante aquisição e do aprimoramento de tecnologias disponíveis para tornar a realidade imposta pela pandemia o mais rica possível em aprendizado.

Por fim, a Diretora Louisa lembra que “temos aprendido com a história enquanto ela acontece, e este tempo, sem dúvidas, coloca-nos na dimensão inaciana do serviço e do cuidado personalizado com cada pessoa, especialmente com nossos alunos e professores. Acreditamos que superaremos este contexto de incertezas e dele sairemos ainda mais fortes e unidos, especialmente na compreensão, na busca pelo aprendizado e no diálogo com o outro”.

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